DISCIONÁRIO NAVAL

14/02/2011 13:47


A

 

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A RÉ

 

Significa: ATRÁS. Por exemplo, se um objeto estiver mais para a popa do que outro se diz que ele está Ante-a-Ré (AAR) dele.

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A VANTE

 

Significa: FRENTE. Por exemplo, se um objeto estiver mais para a proa do que outro se diz que ele está Ante-a-Vante (AAV) dele.

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ABICADA

 

Embarcação encontra-se abicada quando navega com a proa baixa, ou seja, calado a vante maior que calado a ré.

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ADERNAR

 

É a inclinação para um dos bordos da embarcação e é medida em graus, o mesmo que banda.

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ADRIÇA

 

Cabo utilizado para içar as velas e a Bandeira.

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ADUCHAR O CABO

 

Amarrar bem um cabo.

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ALAR O CABO

 

É o ato de puxar um cabo.

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ALHETA

 

Ponto na embarcação entre o través e a popa.

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AMADOR

 

Todo aquele com habilitação certificada pela Autoridade Marítima para operar embarcações de esporte e/ou recreio, em caráter não profissional.

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AMARRA

 

Cabo ou corrente que liga o ferro à embarcação.

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AMURA

 

Parte do barco entre o través e a proa, o mesmo que bochechas.

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ÂNCORA

 

Comumente chamada de ferro, é utilizada para fundear o barco.

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ÂNCORA ALMIRANTADO

 

Embora não seja a mais leve nem a mais fácil de ser estivada, esta âncora é muito eficiente em circunstâncias extremamente desfavoráveis de mar e vento. É o ferro tradicional, contém dois braços e cepo perpendicular, que facilita o unhar do ferro no fundo.

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ÂNCORA COGUMELO

 

É a mais usada em amarrações fixas, e, sendo pesada, é eficiente em fundo de lama. Usada pela Marinha do Brasil para fundear bóias de sinalização.

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ÂNCORA FATEIXA

 

Âncora de 4 a 5 patas, boa para ser usada em fundo de pedra, de fácil armazenamento é indicada para barcos pequenos, infláveis e etc.

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ÂNCORA GARATEIA

 

Também chamado de busca-vidas, é uma fateixa sem patas, usada para rocegar, isto é, procurar objetos perdidos no fundo, como âncoras, amarras, motores de popa e etc.

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ANCORADOURO

 

Lugar relativamente abrigado de vento e correnteza, próprio para a fundeio de embarcações.

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ANCOROTE

 

Ferro pequeno utilizado em barcos menores, ou ainda, para algumas manobras.

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ANETE

 

Argola da haste do ferro para fixação da amarra.

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APITO CURTO

 

Conforme o (RIPEAM - Regra 32-b), apito curto significa um som de duração aproximada de 1 segundo.

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APITO LONGO

 

Conforme o (RIPEAM - Regra 32-b), apito longo significa um som de duração aproximada de 4 a 6 segundos.

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ÁREAS DE NAVEGAÇÃO

 

São as áreas onde uma embarcação empreende uma singradura ou navegação, e são dividas em mar aberto e interior.

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ARQUEAÇÃO

 

É a expressão do tamanho total da embarcação, determinada em função do volume de todos os espaços fechados. Apenas as embarcações com comprimento maior ou igual a 24 metros deverão ser arqueadas.

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ARRAIS AMADOR

 

O Arrais Amador é a pessoa maior de 18 anos habilitada pela Autoridade Marítima a conduzir embarcações nos limites da navegação interior, estabelecidos pela Capitania dos Portos em cada local.

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ARRIAR O CABO

 

Soltar um cabo aos poucos.

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ARRIBAR

 

Afastar a proa do vento.

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AVISO AOS NAVEGANTES

 

Divulgados pela DHN informam as alterações ocorridas nas áreas marítimas, fluviais e lacustres, do Brasil e de países estrangeiros, que afetam a segurança da navegação e outras ocorrências pertinentes à segurança da navegação.

 

B

 

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BADE

 

Abreviatura de Boletim de Atualização de Embarcações.

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BALIZAMENTO

 

É o conjunto de sinais fixos e flutuantes, cegos e luminosos, que demarcam os canais de acesso, áreas de manobra, bacias de evolução e água seguras e indicam os perigos à navegação, nos portos e seus acessos, baías, rios, lagos e lagoas.

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BALIZAS

 

São sinais visuais cegos, constituídos por hastes de ferro, concreto ou mesmo de madeira, de altura adequada às condições locais, fixadas, normalmente, sobre pedras isoladas, bancos, ou recifes e destinam-se a fornecer indicações ao navegante durante o período diurno.

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BANDA

 

É a inclinação para um dos bordos da embarcação e é medida em graus, o mesmo que adernar.

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BANZEIRO

 

Ondas provocadas pelo deslocamento de embarcações, também chamado de mareta.

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BARCO

 

Toda construção feita de madeira, ferro, aço, fibra de vidro, alumínio, ou da combinação desses e outros materiais que flutua, sendo especificamente destinada a transportar pela água, pessoas ou coisas.

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BARLAVENTO

 

É a direção de onde vem o vento, oposto a sotavento.

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BARÔMETRO

 

Aparelho que mede a pressão atmosférica. Normalmente quando o ar está aquecido e o barômetro desce é sinal de chuva, como regra geral, barômetro em ascensão significa bom tempo e em queda significa tempo ruim.

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BCEM

 

Abreviatura de Boletim de Cadastramento de Embarcação Miúda.

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BICO DE PROA

 

Parte extrema da proa de uma embarcação.

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BITOLA

 

É o diâmetro de um cabo.

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BOCA

 

É a maior largura de uma embarcação.

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BOCHECHAS

 

Parte do barco entre o través e a proa, o mesmo que amura.

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BÓIA DE ARINQUE

 

Bóia amarrada a um cabo, denominado de cabo de arinque, presa à cruz do ferro.

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BÓIAS

 

São corpos flutuantes, de dimensões, formas e cores definidas, fundeadas por amarras, ferros ou poitas, em locais previamente determinados.Podem ser luminosas, quando providas de aparelho de luz, ou cegas, destinando-se, respectivamente, a orientar a navegação de dia e de noite, ou apenas no período diurno.

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BOLINA

 

Lâmina de ferro, madeira, fibra ou chumbo, presa à quilha e que evita o deslocamento lateral da embarcação de vela.

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BOMBORDO

 

Ë o lado esquerdo da embarcação para quem olha para a proa.

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BORDA-FALSA

 

É o parapeito do navio no convés a fim de proteger as pessoas e o material evitando que caiam no mar.

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BORDA LIVRE

 

É a distância entre a linha d’água até a borda.

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BORDOS

 

São os lados de uma embarcação.

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BORESTE

 

É o lado direito da embarcação para quem olha para a proa.

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BRANDAIS

 

São os cabos que sustentam o mastro no sentido da borda do barco.

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BÚSSOLA

 

Bússola, agulha magnética ou simplesmente agulha, é um instrumento de medida de direções, sua presença em embarcações amadoras é mandatória, exceção feita, é claro, as embarcações miúdas.

 

C

 

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CABECEIO

 

Cabeceio é o movimento de oscilação horizontal no sentido proa-popa quando a embarcação navega com ondas de frente e de lado.

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CABEÇO

 

Estrutura de ferro maciça, encravada no cais, ou aos pares, junto à amurada da embarcação, destinada a agüentar as voltas dos cabos de amarração.

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CABOS

 

São as cordas de um barco. Os velhos cabos de fibras vegetais, sisal, linho, algodão e outros, usados antigamente, foram substituídos pelos de fibras sintéticas que, embora sejam mais caros, tem maior durabilidade, pois não apodrecem, além de terem uma resistência à tração cerca de 6 vezes maior.

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CADASTE

 

Peça semelhante à roda de proa, constituindo o extremo da embarcação a ré.

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CALADO

 

É a altura entre a linha d'água até uma linha horizontal que passa pela quilha da embarcação.

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CAMBAR

 

Virar de bordo.

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CANA DE LEME

 

Parte do aparelho de governo da embarcação, peça que o piloteiro segura.

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CAPITANIA DOS PORTOS

 

É o órgão responsável em fiscalizar o tráfego aquaviário nos aspectos relativos à segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana e a prevenção da poluição ambiental, bem como o estabelecimento de normas e procedimentos relativos à área sob sua jurisdição.

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CAPITÃO AMADOR

 

O Capitão Amador é a pessoa maior de 18 anos habilitada pela Autoridade Marítima a conduzir embarcações em navegação oceânica.

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CARENA

 

É a parte do casco abaixo da linha d’água.

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CARTA N° 12.000

 

A Carta N° 12.000 - INT 1 - Símbolos, Abreviaturas e Termos é uma publicação náutica obrigatória é contém todos os símbolos, abreviaturas e termos utilizados tanto nas cartas nacionais como nas internacionais.

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CARTA NÁUTICA

 

É a representação gráfica sobre uma superfície plana de áreas oceânicas, mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer outra massa d’água navegável e que se destinam a servir de base à navegação; são geralmente construídas na Projeção de Mercator e representam inclusive os acidentes terrestres e submarinos.

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CASCO

 

É o corpo da embarcação sem a mastreação, aparelhos, acessórios, motores ou qualquer outro arranjo. O casco não possui uma forma geométrica definida sendo a sua principal característica ter um plano de simetria. Da forma adequada do casco dependem as qualidades náuticas de um barco: resistência mínima a propulsão; mobilidade e estabilidade.

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CATAVENTO

 

Engenhoca que indica a direção e a velocidade do vento.
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CATURRAR

 

Balanço longitudinal de proa a popa quando navegando com ondas de frente.

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CAVERNAS

 

São as costelas da embarcação, presas a quilha, que permitem dar forma ao casco. A caverna principal é chamada de caverna mestra e é geralmente localizada na boca máxima da embarcação. O conjunto das cavernas é chamado de cavername.

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CHA

 

Abreviatura de Carteira de Habilitação de Amador.
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COCAS

 

Pequenas torções nos cabos.
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COMANDANTE

 

Também denominado Arrais, Mestre ou Capitão, é a designação genérica do tripulante que comanda a embarcação. É o responsável por tudo o que diz respeito à embarcação, por seus tripulantes e pelas demais pessoas a bordo.

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COMPRIMENTO

 

Medida de proa à popa, ou de roda a roda.
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COMPRIMENTO DE ARQUEAÇÃO

 

É a medida de proa a popa, dentro da embarcação e fornece a capacidade de armazenamento do barco.

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COMPRIMENTO DE RODA A RODA

 

É o comprimento total do casco, excluídos eventuais suplementos, como motor de rabeta, plataformas, pranchas.

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CONTORNO

 

É a medida de um bordo ao outro passando pela quilha, sem contar a bolina, no caso de embarcação de vela.

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CONVÉS

 

Qualquer dos pavimentos a bordo.
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CORRENTE DE MARÉ

 

É o movimento horizontal da massa líquida em função das atrações da Lua e do Sol sobre a Terra.

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COSTADO

 

É a parte do casco acima da linha d’água.
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CROQUE

 

Haste com gancho curvo para auxiliar nas manobras de atracação, resgate de bóias, etc.

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CUNHO

 

Peça de metal ou plástico que se fixa na amurada da embarcação ou nos lugares por onde possam passar cabos para amarração das espias.

 

D

 

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DERRABADA

 

Embarcação encontra-se derrabada quando navega com a proa alta, ou seja, calado a vante menor que calado a ré.

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DESBOLINAR O CABO

 

Tirar as cocas do cabo.
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DESLOCAMENTO

 

É o peso da água que a embarcação desloca navegando em águas tranquilas. O deslocamento é expresso normalmente em toneladas.

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DGPS

 

O DGPS ou GPS diferencial é um módulo de correção de posicionamento que baseado em satélites terrestres, é cerca de 10 vezes mais preciso que o GPS.

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DINGUE

 

Pequeno barco utilizado para emergências.
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DIREÇÃO RELATIVA

 

As direções são sempre informadas(ou informadas) com três dígitos usando zeros se necessário: 35° quer dizer zero-três-cinco (035°) relativos.

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DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO

 

A Diretoria de Hidrografia e Navegação - DHN é responsável pelas publicações náuticas, como: roteiros, tábua das marés, cartas náuticas e principalmente pelo edição do Aviso aos Navegantes.

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DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS

 

A Diretoria de Portos e Costas - DPC, tem a função de estabelecer as normas de tráfego e permanência nas águas nacionais para as embarcações de esporte e/ou recreio.

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DPEM

 

É o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por suas Cargas.

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DRACONES

 

Dispositivos de plástico ou borracha, que transportam líquidos de forma submersa.

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DVC

 

Dentro dos limites de Visibilidade da Costa.

 

E

 

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ECOBATÍMETRO

 

O ecobatímetro, ecossonda, sonda é um aparelho eletrônico utilizado para determinar a profundidade através de um sinal eletroacústico.

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EMBARCAÇÃO

 

Qualquer construção, inclusive as plataformas flutuantes e as fixas quando rebocadas, sujeita à inscrição na Autoridade Marítima e suscetível de se locomover na água, por meios próprios ou não, transportando pessoas ou cargas.

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EMBARCAÇÃO AUXILIAR

 

É a embarcação miúda que é utilizada como apoio de outra embarcação, com ou sem motor de popa e neste caso não excedendo a 30 HP, possuindo o mesmo nome pintado em ambos os costados e o mesmo número da inscrição, pintado na popa, da embarcação a que pertence.

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EMBARCAÇÃO DE ESPORTE E/OU RECREIO

 

Embarcação com finalidade de recreação e lazer.

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EMBARCAÇÃO DE GRANDE PORTE

 

Também conhecida como iate, é a embarcação com comprimento igual ou  superior a 24 metros.

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EMBARCAÇÃO DE MÉDIO PORTE

 

Embarcação com comprimento inferior a 24 metros, exceto as miúdas.

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EMBARCAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA

 

É o meio coletivo de abandono de embarcação ou plataforma marítima em perigo, capaz de preservar a vida de pessoas durante um certo período, enquanto aguarda socorro. São consideradas embarcações de sobrevivência as embarcações salva-vidas, as balsas salva-vidas e os botes orgânicos de abandono

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EMBARCAÇÃO MIÚDA

 

Embarcação com comprimento inferior ou igual a 5 metros; ou com comprimento superior a 5 metros que apresentem as seguintes características: convés aberto; convés fechado, mas sem cabine habitável e sem propulsão mecânica fixa e que, caso utilizem motor de popa, este não exceda 30 HP. Considera-se cabine habitável aquela com condições de habitabilidade.

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EPIRB

 

Aparelho emissor de sinais contínuos em determinada frequência para localização em caso de acidentes marítimos que necessitem de busca e localização.

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ESCALA BEAUFORT

 

A escala Beaufort foi criada pelo almirante britânico Sir Francis Beaufort em 1805 e estabelece uma correlação entre a velocidade do vento e o estado do mar.

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ESCALER

 

Pequeno barco para emergências, o mesmo que dingue.

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ESCOVÉM

 

Abertura no costado por onde passa a amarra da âncora.

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ESCOTILHAS

 

Abertura feita num convés para passagem de ar, luz, pessoal ou carga.

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ESPIAS

 

Cabos de atracação do barco, podendo ser chamados de lançantes, espringues e través, dependendo do ponto de amarração na embarcação.

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ESPRINGUES

 

De acordo com seu posicionamento em relação à embarcação as espias são denominadas de lançantes, espringues ou traveses. O espringue de proa serve para evitar que a embarcação caia a vante e o espringue de popa serve para evitar que a embarcação caia a ré.

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ESTAIS

 

Cabos de aço que sustentam o mastro no sentido proa a popa.

 

F

 

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FAINAS

 

Determinados trabalhos na embarcação que envolve a maioria da tripulação, por exemplo: fainas de atracação.

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FERRO

 

Utilizada para fundear o barco, o mesmo que âncora

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FILAME

 

É a porção da amarra colocada para fora do barco quando do lançamento do ferro.

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FISHFINDER